Rio de Janeiro (RJ) - O setor de etanol cresce mundialmente graças ao avanço de mercados produtores como a Índia, Ásia e Oriente Médio, observou o chefe da Divisão da Indústria de Petróleo e Mercados da Agência Internacional de Energia (AIE), Antoine Halff, durante o segundo dia da Rio Oil & Gas 2014.
“Quando observamos a origem da demanda de petróleo, grande parte é oriunda da Ásia, apesar de a base de crescimento no continente não evoluir como nos últimos anos”, afirmou Halff durante a palestra “Os Biocombustíveis no Cenário Internacional”, moderada pelo gerente de Gestão Tecnológica da Petrobras Biocombustível, João Norberto Noschang Neto.
Os setores de transporte rodoviário e marítimo são os principais consumidores de etanol. Este cenário alimenta a competição mundial entre petróleo e gás natural, por um lado, e, por outro, o etanol. Na China, por exemplo, há uma preocupação com o combate à poluição do ar, lembrou Halff. “Por esse motivo, vem ocorrendo no país uma cultura de conversão da matriz energética de petróleo para gás natural, especialmente no setor de transporte”.
O mercado de etanol no Brasil, analisou o executivo, está sob pressão. No país, reforçou, “há um conflito entre a política e os programas que apoiam a produção do etanol”. E o setor ainda enfrenta limitações de infraestrutura e exigências ambientais.
Nos Estados Unidos, a produção da gasolina está em franca expansão, o que colocou em segundo plano a produção de biocombustíveis. Na Europa, segundo Halff, os programas nessa área apresentam lento crescimento. Em contrapartida, países dos continentes africanos e asiáticos facilitam a entrada de subsídios e o alinhamento com países do mercado global.
Fonte: Ascom Rio Oil & Gas
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