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Rio de Janeiro (RJ) - A abertura das atividades da 17ª edição da Rio Oil&Gas também deu início aos debates que marcaram a tarde de 15 de setembro. As perspectivas de oferta e demanda de gás natural no Brasil foram discutidas por diversos agentes do setor. A manutenção das rodadas de licitação e a competitividade do setor energético marcaram o tom das apresentações.
Para Hugo Repsold Junior, gerente executivo da Petrobras, a retomada das rodadas de licitação foi muito positiva para o setor. “Acreditamos na manutenção das rodadas de licitação para aumentar a produção de gás no Brasil. O anúncio da realização da 13ª Rodada em 2015 é uma grande notícia. A gente confia que isso vai manter ativa a indústria de petróleo e gás no país”, afirmou.
O presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Gás (Abegás), Augusto Salomon, defendeu uma maior competitividade do gás natural no país. “Sofremos uma concorrência grande com energéticos substitutos, o que impacta muito o nosso mercado”, explicou o executivo.
A associação reinvidica também que haja maior planejamento e incentivo adequado à evolução do mercado brasileiro de gás. “Precisamos trabalhar agora, ou não vamos conseguir desenvolver o setor. Temos que incentivar a tempo de ter um mercado capaz de assimilar nossa produção crescente de gás”, alertou.
A diretora de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), Fátima Ferreira, destacou a importância do petróleo e do gás no setor químico. “Um dos grandes problemas é de matéria-prima. Há uma forte relação dessas matérias-primas com o mercado de energia, sendo seu fornecimento condicionado ao equacionamento da matriz energética”, explicou Fátima.
A assessora da diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Heloise Costa, lembrou que o tema gás natural veio crescendo na agenda da Rio Oil&Gas ao longo dos anos, o que mostra a importância do energético. Ela fez em breve balanço da realização das três rodadas de licitação, em 2013, e falou da importância dos certames.
“Tivemos a 11ª Rodada, com portfólio de áreas em terra e mar, e vocação também para gás, e a 12ª Rodada, com foco em gás em terra. Além disso, o gás oriundo do pré-sal vai mudar a cara do país. Vamos sair de uma posição de importador para ter uma participação atuante no mercado internacional”, afirmou Heloise. “A ANP entende que é fundamental a retomada das licitações para a oferta de gás em longo prazo”.
Da Redação
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