Niterói (RJ) - Mais de 300 pequenas e médias empresas passaram a fornecer seus produtos e serviços para gigantes do setor de petróleo, óleo e gás, através das rodadas de negócios promovidas durante os dois últimos dias do evento "Petro Brasil 2014", que ocorreu no Caminho Niemeyer, em Niterói. O resultado de R$35 milhões em volume de negócios foi impulsionado pela rodada de virtual negócios, iniciativa pioneira e inclusiva lançada na 6ª edição do evento, que representa a Rede Petro Brasil e busca o fortalecimento da indústria brasileira.
O registro na Transpetro foi lembrado como recurso ágil para o fechamento de novos negócios, já que as licitações organizadas por softwere são finalizadas em, no máximo, 20 dias. "Todas as empresas registradas como potenciais fornecedoras da Transpetro tem possibilidades idênticas, já que o sistema as seleciona randômicamente", completou o coordenador de aquisições da Transpetro, Armando Félix, durante palestra sobre as estratégias de compra utilizada pelo braço logístico da Petrobrás.
A segmentação foi outro caminho indentificado para o crescimento das pequenas e médias empresas.
"É preciso ter clareza quanto ao nicho de mercado que se pretende atender, pois as compradoras querem fonecedores cada vez mais especializados. Quem opta por essa estratégia sempre tem muitas demandas no setor de petróleo, óleo e gás" disse Antônio Batista, coordenador da unidade de petróleo do Sebrae.
Setor naval em destaque
Responsável pela geração de 80 mil empregos em 2013 o setor naval vive especial expansão, em razão do pré-sal e da consequente demanda implicada na exploração desses recursos. O que elevará a empregabilidade nessa indústria para 120 mil postos de trabalho dentro dos próximos 6 anos. "Existem 97 obras navais em andamento e a tecnologia brasileira não deixa a desejar para país nenhum", comentou Sérgio Leal, secretário executivo do Sinaval, numa clara sinalização de oportunidade para empresas nacionais.
Até 2020 38 plataformas, 49 navios tanques, 28 sondas e 207 embarcações de apoio estrarão em operação no país. Estima-se que ao menos 55% de tudo isso seja produzido via Contéudo Local, o que subentende a contratação de fornecedores brasileiros para suprir mais da metade dessas demandas. Números que comprovam o momento próspero e explicam os prognósticos acerca do setor naval.
A aceleração desse desenvolvimento tende a ocorrer através da criação do cluster subsea e ainda do parque tecnológico de Niterói. A cidade se destaca na atividade naval, tanto que terá um dique flutuante de reparo, construído com tecnologia, profissionais e insumos 100% brasileiros, com lançamento previsto para Maio.
Da Redação
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