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Matérias / Tecnologia e Inovação
 
Primeiro submarino nuclear do país fica pronto em 2023
Além do submarino nuclear, o programa sob a responsabilidade da Marinha do Brasil prevê ainda a construção de quatro submarinos de propulsão convencional (diesel-elétricos)
17/02/2014

Brasília (DF) - O primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear deve ficar pronto em 2023, de acordo com almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, coordenador-geral do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub, criado m 2008, a partir de um acordo de cooperação e transferência de tecnologia entre o Brasil e a França.

 
Hirschfeld deu a informação durante audiência pública realizada na quinta-feira (13), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). O debate foi sugerido e coordenado pelo presidente do colegiado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
 
Além do submarino nuclear, o programa sob a responsabilidade da Marinha do Brasil prevê ainda a construção de quatro submarinos de propulsão convencional (diesel-elétricos). Serão ainda construídos uma base naval e um estaleiro, em Itaguaí, no Rio de janeiro.
 
O almirante defendeu a necessidade de o país desenvolver e manter um forte sistema de defesa. Ao justificar, ele disse que o país é foco de “ambições”, em razão de suas riquezas naturais e capacidades. Diante das incertezas sobre o que acontecerá no mundo em médio e longo prazo, Max Hirschfeld observou que o Brasil precisa estar preparado, com uma Força Armada potente. "Não para entrar em guerra, ao contrário, mas exatamente para ter o poder de dissuasão", observou o almirante.
 
De acordo com ele, um submarino de propulsão nuclear é ideal, já que é considerada a arma de maior poder de dissuasão que existe. Entre outras vantagens, o almirante destacou o poder de deslocamento e a capacidade de se manterem submersos de forma prolongada. Isso ocorre porque são capazes de gerar oxigênio, dispensando subidas regulares à superfície. Graças a essa característica, eles seriam menos detectáveis, ficando mais protegidos contra ataques inimigos.
 
Com o Prosub, disse ainda o coordenador do programa, o Brasil ganha capacidade não apenas para construir, mas também projetar submarinos convencionais e nucleares. Ele explicou que o acordo com o governo francês assegura a transferência de toda a tecnologia necessária para esse ganho de autonomia. "Projetar é a palavra chave. Até agora vínhamos construindo apenas submarino de superfície, mas nunca projetamos", observou.
 
O almirante fez questão de esclarecer, contudo, que o país já domina todo o ciclo tecnológico para a construção do reator de propulsão nuclear a ser utilizado no projeto, de responsabilidade da estatal Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A (Nuclep), que está sendo desenvolvido em São Paulo. A França entra com a parte de “interface” para aplicação no submarino e seu projeto, além das tecnologias de operação e manutenção do equipamento.
 
 
Respeitabilidade
 
A partir dessa conquista, previu o almirante, o país será visto com muito mais respeitabilidade no cenário internacional. Ele acredita que, como parte do seleto grupo de nações com capacidade de projetar e construir esses equipamentos uma das contribuições será reforçar o poder de garantir o antigo pleito do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
 
O almirante Max Hirschfeld observou, contudo, que o alcance do Prosub vai muito além da questão de defesa. Ele explicou que o programa - com custo estimado em cerca de R$ 21 bilhões, em todas as suas etapas - tem amplo potencial para irradiar conhecimentos e capacitação em favor dos centros de pesquisa, das universidades e da indústria brasileira.
 
Para que os ganhos sejam permanentes, porém, ele observou que o país não pode se acomodar após a construção dos submarinos já projetados. Se isso acontecer, conforme explicou, os conhecimentos se perderão. "Não podemos parar de fazer, não temos o direito de perder um programa dessa envergadura", apelou.
 
Sobre os investimentos projetados pelo Prosub no orçamento federal para 2014, de quase R$ 2,5 bilhões, ele disse que ficaram um pouco aquém do necessário. Porém, disse estar seguro de o governo não deixará de fazer as complementações necessárias.
 
 
Empregos
 
Ricardo Ferraço confirmou a importância estratégica do programa, tendo em vista os ganhos para o desenvolvimento científico-tecnológico e o fortalecimento da indústria. Ele observou que a indústria de defesa é um setor que multiplica conhecimento e gera renda, emprego e desenvolvimento como poucos, sendo responsável por parcela importante do PIB em países desenvolvidos.
 
O presidente da CRE também registrou que, no auge de sua capacidade, o Prosub deverá gerar 9 mil empregos diretos e outros 32 mil indiretos. Por tudo isso, observou, os investimentos são totalmente justificáveis, mesmo “num país que não é assombrado pelo fantasma da guerra, em que falta dinheiro para áreas essenciais”. Ainda para o senador, o desenvolver um submarino não é só “uma questão de prestígio internacional”.
 
"Um submarino nuclear vai nos dar, com certeza, retaguarda e poder de dissuasão em águas profundas. Vai nos permitir, também, disputar em melhores condições um assento no Conselho de Segurança da ONU", avaliou Ferraço.
 

Fonte: Agência Senado
 



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