English
Português

Skip Navigation Links
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
UTILIDADES
MACAÉ OFFSHORE
ANUNCIE
FALE CONOSCO
CADASTRE-SE
LOGIN
 
 
 
 
 
 
Que tipo de informações relacionadas ao setor de petróleo e gás você deseja ler mais na Macaé Offshore?

Votar Ver resultados



jooble.com.br
 
 
Matérias / Empresas e Negócios
 
Braskem inaugura petroquímica de US$ 5,2 bi no México
A capacidade de produção será de 1,05 milhão de toneladas por ano de polietileno
23/06/2016

 A Braskem, principal produtora de resinas das Américas, inaugurou na quarta-feira (22/06)  a maior petroquímica do México, com investimento total de US$ 5,2 bilhões, o maior aporte privado realizado no país nos últimos 15 anos. Com capacidade de produção de 1,05 milhão de toneladas por ano de polietileno, o Complexo Petroquímico do México consolida a liderança da companhia brasileira também nesse mercado.

 
Com quase o dobro do tamanho da vice-líder Pemex, a unidade mexicana reduz a distância entre a Braskem, quinta maior produtora mundial de resinas, e a Sabic, da Arabia Saudita, que é a quarta no ranking global das principais resinas termoplásticas.
 
Do investimento total, US$ 3,2 bilhões foram levantados por meio de project finance. O BNDES, banco de fomento brasileiro, participou com US$ 623 milhões.
 
A operação da Braskem Idesa, na qual a companhia brasileira detém 75% de participação e a mexicana Idesa outros 25%, muda a composição das vendas da Braskem, que passa a gerar nos mercados internacionais mais da metade de suas receitas. Após o investimento, a companhia passa a contar com capacidade de produção de 8,7 milhões de toneladas por ano de polietileno, polipropileno e PVC, em 40 unidades industriais, das quais 29 no Brasil, cinco nos Estados Unidos, duas na Alemanha e as quatro do México (cracker mais três linhas de resina).
 
"Com o México, atingimos 51% de produção dedicada ao mercado externo [considerando-se as exportações]", ressaltou o presidente da petroquímica brasileira, Fernando Musa.
 
Neste momento, segundo Musa, a ênfase da companhia é atingir 100% da capacidade de produção no complexo, que neste ano deve produzir 600 mil toneladas de polietileno, 10% das quais destinadas à formação de estoques. Esse foco, porém, não impedirá a petroquímica de avaliar futuras oportunidades de ampliação, uma vez que o mercado mexicano continuará deficitário. Segunda maior econômica da América Latina, o México tem um mercado de 2,1 milhões de toneladas por ano de polietileno e cerca de dois terços desse volume são importados. A produção no complexo da Braskem e da Idesa não será capaz de atender a toda a demanda local.
 
"Sem dúvida, o fato de o mercado mexicano continuar sendo deficitário nos leva a buscar novas oportunidades de investimento no México. Esse tipo de projeto costuma oferecer oportunidade de desgargalamento", comentou Musa. O contrato de fornecimento de matéria-prima com a Pemex, porém, cobre as 1,05 milhão de toneladas por ano da capacidade nominal atual e uma expansão significativa exigiria um acordo adicional.
 
Projeto representa mais uma etapa no processo de internacionalização da Braskem, diz Musa, presidente da companhia
 
A comercialização do polietileno produzido no México vai adicionar US$ 1,5 bilhão ao faturamento da Braskem quando o complexo estiver operando em plena capacidade anual, de acordo com o presidente da Braskem Idesa, Roberto Bischoff. Para este ano, a contribuição para as receitas da companhia deve ficar entre US$ 650 milhões e US$ 700 milhões, acrescentou o executivo, que também responde pela vice-presidência da unidade América Latina Braskem. Metade das vendas será direcionada ao mercado mexicano e a outra metade, exportada. "Nossa estratégia geral é: Europa, mercado norte-americano e costa oeste da América do Sul", afirmou Bischoff.
 
"Vamos alavancar toda a infraestrutura da Braskem [para comercializar o polietileno mexicano]", acrescentou. Em um período de três a cinco anos, a Braskem Idesa planeja ter 80% a 90% da produção total do complexo destinada ao mercado local.
 
Para escoar o polietileno produzido em Nanchital, cidade que fica no coração da indústria petroquímica mexicana, no Estado de Veracruz, foram investidos US$ 100 milhões em uma plataforma logística que combinada ferrovia e rodovia. A Braskem Idesa conta com 1,3 mil vagões de trem, que podem ser abastecidos dentro do próprio complexo, para levar a resina até cinco operadores logísticos instalados em importantes regiões consumidoras do país, que então distribuem o produto por via rodoviária. Se exportado para os Estados Unidos, o polietileno do complexo leva dois dias para chegar à costa leste americana de trem.
 
Segundo Musa, a conclusão do investimento no México representa mais uma etapa crítica no processo de internacionalização da Braskem, que está estudando a implantação de mais uma fábrica de polipropileno nos Estados Unidos. Caso decida levar adiante o projeto, o investimento pode chegar a US$ 250 milhões. Essa estratégia de internacionalização leva em conta a necessidade de diversificação geográfica dos negócios e a busca por matérias-primas mais baratas. No Brasil, a Braskem utiliza sobretudo a nafta petroquímica, que é mais cara, enquanto no México o complexo está baseado em gás natural, com preço referenciado no competitivo mercado americano.
 
Musa ressaltou que as fábricas que produzem polietileno a partir do etano estão entre as mais competitivas ao redor do mundo, com destaque hoje para a Arábia Saudita e o Oriente Médio, seguidos muito de perto pelos Estados Unidos. "No Brasil, a queda do petróleo aumentou a competitividade relativa da nafta, mas o etano ainda é muito mais competitivo. Hoje, o custo de produção com etano está entre US$ 250 a US$ 300 por tonelada mais baixo", ressaltou.
 
Conforme Musa, olhando para a frente, novos investimentos em aumento de capacidade dependem de uma conjunção de matéria-prima disponível e competitiva e mercado crescente em termos de demanda. No ano passado, o mercado brasileiro de resinas caiu 7% em volume e a Braskem projeta, inicialmente, recuo semelhante neste ano. "Talvez com os novos sinais de que a economia pode estar melhorando, a queda pode ficar em 6%. Vai depender muito de como situação econômica evolui", acrescentou.
 
Fonte: Valor Econômico
 



comentários


 
Ver Edições Anteriores
View previous issues
publicidade
 
 
 
 
 
Energia
Petr. WTI (NY) US$ 52.42
Petr. Brent (LON) US$ 55.27
Gás Natural US$ 3.16
Gasolina ¥ 48,770
Atualizado diariamente
 
 
publicidade