São Paulo (SP) - A FAPESP e a BG Brasil, empresa do BG Group, anunciaram hoje a criação do Centro de Pesquisa para Inovação em Gás Natural, com sede na Universidade de São Paulo (USP). O espaço será um centro de classe mundial para investigação sobre o uso atual e futuro do gás natural com o objetivo de aumentar a sua participação na matriz energética e mitigar as emissões de gases de efeito estufa nas próximas décaads.
O Centro terá sede na Escola Politécnica da USP e será coordenado por Julio Meneghini, professor da Poli/USP e por Alexandre Breda, gerente de Projetos Ambientais do BG Group. A proposta da Poli/USP foi selecionada no âmbito de chamada conjunta da FAPESP e BG Brasil. O investimento da FAPESP será de R$ 27 milhões e da BG Brasil, R$ 30 milhões. Cabe à USP uma contrapartida na forma de apoio institucional e administrativo aos pesquisadores envolvidos.
Orientado por três linhas complementares de pesquisa – Engenharia, Físico-Química e Política Energética e Economia – o Centro vai investigar a geração de energia com baixa emissão de carbono, o uso de gás natural como combustível para navios, a prevenção de emissões fugitivas de gás metano, a combustão avançada de gás natural, célula a combustível, a conversão de gás natural em matérias-primas para a indústria química, o desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento de gás natural para áreas remotas, entre outros.
Os projetos poderão investigar especificamente processos de reforma do gás natural para produção de hidrogênio ou desenvolver células a combustível com alta eficiência energética e baixíssima emissão de CO2, ele acrescentou. As pesquisas serão conduzidas em parceria entre pesquisadores da Poli, dos institutos de Energia e Ambiente (IEE) e de Química (IQ) de São Carlos, e da Faculdade de Direito, todos da USP, e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e engenheiros da BG Brasil.
O Centro de Pesquisa para Inovação em Gás também irá interagir com o Sustainable Gas Institute (SGI), uma parceria entre BG Group e Imperial College London, por meio de intercâmbio entre pesquisadores e estudantes, compartilhamento de informações e os resultados das pesquisas, além da promoção de seminários, conferências e workshops. No Centro será possível desenvolver pesquisa brasileira de classe mundial e proporcionar aplicações na indústria, como no pré-sal.
Da Redação
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