Rio de Janeiro (RJ) - Um sinal da estabilidade da indústria naval e offshore é a consolidação das regras de Conteúdo Local (CL) entre as empresas que atuam no País. Em parte, isso se deve à postura da principal compradora de produtos e serviços, a Petrobras. "Decidimos que o Conteúdo Local é mais que um requisito legal, é estratégia da empresa. Os contratos já são publicados com claúsulas específicas de CL, incluindo os de refino e de gás, que seriam opcionais", explicou Ronaldo Martins, gerente de Desenvolvimento do Mercado da Petrobras.
"A tendência é de mantermos a média de 55% e 65% de Conteúdo Local nos nossos projetos. Isso é um chamariz para empresas estrangeiras produzam no País e um impulso para s indústria nacional. Temos, por exemplo, 27 unidades de produção para serem contratadas entre 2018 e 2030. Isto é um fator de segurança para as empresas planejarem os seus negócios", disse Martins.
O gerente do Departamento de Gás, Petróleo e Bens de Capital sob Encomenda do BNDES, Luiz Marcelo Martins Almeida, ressaltou a importância da participação dos mercados mais experientes neste processo de consolidação da indústria naval e offshore no País: "A indústria estrangeira que vier investir será tratada como uma empresa nacional. As políticas de Conteúdo Locall fomentaram parcerias estratégicas da indústria nacional com parceiros internacionais. Isso tem sido fundamental para cumprir as metas estabelecidas de CL”.
João Rossi, coordenador-geral de Petróleo, Gás e Naval do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), destacou que a indústria nacional precisa aproveitar o momento positivo. "Temos uma previsão de R$ 199 bilhões de investimentos entre 2014 e 2018, segundo dados do BNDES e, desse total, mais de 45% deste valor total de investimentos vão para a indústria. Isso será um desafio para que as empresas nacionais cumpram os requisitos de Conteúdo Local”, disse.
Da Redação
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