Rio de Janeiro (RJ) - Para poder entregar as encomendas da Petrobras, que somam 56 novas plataformas de petróleo até 2030, a indústria naval brasileira precisa pensar em um novo modelo de negócios se quiser cumprir a demanda do setor. Este foi o tom de alerta emitido pelo Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) durante um encontro na tarde desta quarta-feira, 13, na Marintec South America -11ª Navalshore.
“Precisamos de um modelo de negócios que possibilite a construção local de um estoque de cascos de plataformas, em ação integrada entre estaleiros locais e internacionais”, disse Ariovaldo Rocha, presidente do SINAVAL . Para o Sindicato, é necessário que os estaleiros assumam posição como contratantes líderes, que mobilizam sua rede de fornecedores e de sistemas de financiamento para a construção dos diversos elementos, do casco aos grandes sistemas dos módulos de produção.
“Uma das soluções são projetos padronizados de sistemas de produção. No Brasil já temos um projeto modelo de plataforma, que são as replicantes em construção no Rio de Grande do Sul”, acrescentou Rocha. A proposta segue as sugestões feitas pelas petroleiras internacionais durante congresso realizado na Rússia, no mês de junho, que defendem a urgente necessidade de enfrentar a questão dos custos crescentes.
Atualmente, há quatro modelos de negócios operantes no país: construção total da plataforma no Brasil; construção parcial, com integração de módulos em cascos convertidos no mercado internacional; construção local de cascos com sub-blocos e partes fornecidos por estaleiros internacionais e contratação de afretamento da plataforma integralmente construída no mercado internacional.
“Existem reuniões e contatos sobre como conduzir soluções para que a construção naval brasileira possa atender da melhor forma possível para que a Petrobras possa cumprir as metas de produção de petróleo. Os estaleiros brasileiros são empresas sólidas, com ativos valorizados. Existem problemas pontuais que terão soluções de mercado. O Sinaval está totalmente empenhado nessa tarefa”, diz Ariovaldo Rocha.
Da Redação
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