Rio de Janeiro (RJ) - Recentemente, alguns agentes do mercado de distribuição alertaram que a forte demanda por combustíveis no Brasil poderia não ser atendida neste fim de ano. Além disso, a Folha noticiou que o governo reconhece que a situação está mais delicada este ano.
Governo reconhece aperto no abastecimento de combustível
"Vamos suprir o mercado, o que está combinado a gente vai atender", disse o diretor, após participar de homenagem à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
"Estamos importando e estamos produzindo. As refinarias estão trabalhando em plena capacidade", afirmou. Segundo Conseza, por questões sazonais, a demanda por diesel começa a reduzir em meados de novembro até janeiro e fevereiro, e a demanda por gasolina aumenta neste fim de ano.
"Gasolina agora sobe e o diesel vai cair", disse ele. "O pior mês já passou, que foi o mês de outubro, porque é mês de safra fortíssima no mercado nacional de diesel."
O diretor afirmou ainda que o cronograma do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro está dentro do planejado.
Ao citar o nome do diretor de abastecimento da Petrobras em seu discurso de agradecimento, Graça Foster fez uma pequena referência a Cosenza, afirmando que ele era a pessoa que não poderia deixar as refinarias atrasarem.
Aperto
Na semana passada, o governo reconheceu que o país passa este ano por uma situação mais complicada de abastecimento de combustíveis, mas descartou que ocorram problemas graves de fornecimento nos próximos meses.
"É uma situação de mais aperto. Mas não estamos preocupados. A ANP (Agência Nacional de Petróleo) está acompanhando o assunto e nos garantiu que está tranquila", disse Marco Antônio de Almeida, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia.
Ele afirmou, no entanto, que podem ocorrer "problemas pontuais" em algumas regiões do país.
Gasolina
Conforme a Folha informou no dia 4 de outubro, desde setembro o governo passou a discutir em reuniões com a Petrobras, a ANP e as distribuidoras um plano de emergência para evitar a falta de combustível nos postos no fim do ano.
As regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste são as que necessitam de reforço na estrutura de distribuição, além dos estados de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
A preocupação do governo surgiu diante do forte crescimento no consumo de gasolina, que este ano passará pela primeira vez dos 36 bilhões de litros, e pelo fato de que há pico na demanda pelo combustível nos meses de novembro e dezembro.
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