Rio de Janeiro (RJ) - Depois da acusação do Ministério Público Federal (MPF), a Chevron divulgou uma nota negando imprudência ou negligência na perfuração no campo de Frade, na Bacia de Campos, e qualquer relação entre o vazamento de petróleo ocorrido na semana passada e o de novembro. Além disso, a empresa afirmou que a ação do MPF é ultrajante e sem mérito.
"A Chevron não foi imprudente nem negligente. A empresa segue as melhores práticas da indústria no Brasil e em todos os lugares onde opera no mundo", diz o documento. Segundo a companhia, estudos realizados até agora não apontam provas de que os dois derramamentos estejam relacionados. O primeiro incidente estaria relacionado a um aumento de pressão inesperado (chamado de kick) na hora da perfuração, quando no segundo não havia perfuração em andamento.
A nota também relata que amostras de óleo coletadas do segundo derramamento analisadas pelo laboratório Ipex indicam que o óleo não é proveniente do reservatório de produção do Frade. Segundo a Chevron, o esclarecimento dos fatos vai demonstrar "que a empresa e seus empregados responderam de forma apropriada e responsável ao incidente".
O advogado da Chevron no caso, Nilo Batista, contestou a competência da Comarca de Campos para fazer a denúncia em relação ao vazamento de óleo ocorrido em novembro. Segundo ele, o derramamento ocorreu a uma distância superior a 12 milhas da costa - ou seja, fora de águas territoriais brasileiras. E o Código Penal prevê que, em caso de extraterritorialidade, a competência é da comarca da capital do estado que por último residiu o acusado, ou seja, o Rio.
Fonte: O Globo
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