Os cursos superiores de tecnologia em petróleo e gás foram criados para formar rapidamente profissionais capacitados para essa indústria, porém ainda há restrições a eles em algumas empresas. "A Petrobras é uma das últimas com essa restrição. Em seus editais, não aceita egressos de cursos superiores em tecnologia, embora não devesse ser assim", afirma o coordenador de regulação da educação profissional do MEC, Marcelo Feres.
De acordo com o coordenador, o controle de qualidade dos cursos superiores de tecnologia segue os mesmos parâmetros para avaliar os bacharelados e as licenciaturas. "Esses cursos tem de cumprir a mesma legislação dos cursos de bacharelado e se submetem aos mesmos mecanismos de avaliação. Isso faz com que, do ponto de vista de regulação e avaliação, não possam ser vistos como cursos menores em qualidade."
Para Feres, porém, o crescimento da demanda por mão de obra tende a reduzir as restrições. "Será que o volume de profissionais com bacharelado é suficiente para atender à demanda da Petrobras?" Ele afirma que as multinacionais que operam no País praticamente eliminaram a restrição e estão absorvendo boa parte desses profissionais com formação superior.
"No momento em que se tem a formação de profissionais competentes, muitas companhias passam a contratá-los." Segundo o coordenador, uma vez que os cursos tecnólogos são focados no mercado, os profissionais chegam às empresas com a capacidade de se adaptar mais rapidamente ao trabalho.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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