Curitiba (PR) - A defesa de Shinko Nakandakari pediu ao juiz Sergio Moro, da Operação Lava-Jato, acesso ao depoimento do executivo da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca. Na semana passada Fonseca disse à Polícia Federal (PF) que foi extorquido por Nakandakari e que lhe pagou R$ 8,3 milhões, em valores líquidos, de propina.
De acordo com Fonseca, Nakandakari se apresentou como emissário de Renato Duque, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras.
Os advogados de Fonseca apresentaram ontem notas fiscais que comprovam supostos pagamentos de propina que somam R$ 8,8 milhões em valores brutos e R$ 8,3 milhões em valores líquidos. Os pagamentos foram feitos a Luís Fernando Sendai Nakandakari e a Juliana Sendai Nakandakari, filhos de Shinko, e à empresa LFSN Consultoria Engenharia, da qual Shinko Nakandakari é sócio majoritário. LFSN são as iniciais do nome do filho de Shinko.
"A versão unilateral apresentada por essas matérias jornalísticas decididamente não corresponde à verdade e Shinko Nakandakari precisa ser ouvido pelas autoridades a fim de trazer os fatos de volta à realidade", diz a petição enviada na manhã desta terça-feira pelos advogados de Shinko Nakandakari à Justiça Federal do Paraná.
A defesa disse que Shinko está à disposição das autoridades para esclarecimentos.
Fonte:Valor Econômico
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