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Matérias / Óleo e Gás
 
Área de óleo e gás aposta no futuro
O segmento ainda tem muito a crescer na indústria seguradora brasileira. Em 2013, os prêmios na área de Exploração e Produção de Óleo e Gás no país somaram R$ 720 milhões
29/10/2014

Rio de Janeiro (RJ) - Das 20 maiores perdas patrimoniais provocadas por sinistros na indústria global de óleo e gás nos últimos 40 anos, duas delas aconteceram no Brasil: a explosão da Plataforma P-36, em 2001; e o acidente da Plataforma Central de Enchova, em 1988, causaram prejuízos de US$ 1,49 bilhão, em valores atualizados. Segundo o levantamento da corretora de seguros Marsh, entre 1974 e 2013, as perdas em nível global chegam a US$ 34 bilhões.

 
O segmento ainda tem muito a crescer na indústria seguradora brasileira. Em 2013, os prêmios na área de Exploração e Produção de Óleo e Gás no país somaram R$ 720 milhões. O valor não inclui áreas afins como riscos logísticos ou de engenharia associados à cadeia produtiva do petróleo.
 
O crescimento em relação a 2010 é de 365%, mas a base de comparação é baixa. Na verdade, o volume de prêmios do ano passado na indústria petroleira representa aproximadamente 2% do volume total de prêmios não-vida do mercado segurador nacional.
 
Para Eduardo Takahashi, diretor-executivo da Marsh Brasil, o crescimento nos últimos anos poderia ter sido maior. "O crescimento existe, mas ainda é tímido frente aos investimentos que já foram anunciados. Algumas explorações referentes aos leilões de 2010 e 2011 foram frustradas e a construção de plataformas aliada à questão do conteúdo nacional ainda esbarra na falta de infraestrutura e até na demora na modernização e construção de estaleiros".
 
Outro fator que impede uma alta mais forte do segmento é que não houve a renovação do programa de seguros da Petrobras este ano, um dos maiores do mundo na indústria de Óleo e Gás. Em 2012, o consórcio liderado pela Itaú Seguros venceu a licitação, com prêmio de US$ 106,6 milhões, renovada por mais um ano e meio em 2013.
 
Carlos Frederico Ferreira, diretor-executivo da Austral Seguradora explica que o mercado de seguros de petróleo ainda é muito concentrado na estatal, que responde sozinha por cerca de 40% dos prêmios do segmento de Óleo e Gás no país. Mas ressalta que há muitas oportunidades junto a outras operações de menor porte. Especialmente porque a partir do ano que vem os projetos contratados na 11ª Rodada de Licitações da ANP começam a se concretizar. Além disso, o mercado deve se aquecer nas apólices de risco de construção de plataformas e navios-plataformas. "Nossa estimativa para o mercado em 2016 e 2017 é que os prêmios ultrapassem R$ 1 bilhão", afirma.
 
Takahashi também acredita que o segmento de Óleo e Gás deve ter crescimento acelerado no período até 2020. "O pré-sal, com o campo de Libra, começa suas primeiras operações agora e algumas petroquímicas e refinarias, após anos de atraso, parecem apontar para uma entrega e operação em futuro próximo".
 
Paulo Niemeyer Neto, diretor de Óleo e Gás da corretora Aon, observa que os US$ 400 bilhões em investimentos previstos para o setor até 2020 impulsionarão os seguros no segmento. Mas adverte que é preciso mais previsibilidade na realização dos leilões de licitação. "Esperamos que a 15ª Rodada, prevista para o primeiro semestre de 2015 seja confirmada, e que os leilões aconteçam com mais frequência a partir de 2016", diz. "O mercado precisa dessa regularidade para planejar seus investimentos e isso afeta diretamente a indústria de seguros".
 
Os dados de sinistralidade da Susep para o nicho de Óleo e Gás estão em torno de 15% a 25% dos prêmios. "De um modo geral, a sinistralidade tem sido baixa na indústria global de petróleo, o que tem dado um bom retorno para o segmento nos últimos anos", avalia Ferreira.
 
O avanço das fronteiras de exploração, no entanto, eleva o risco a ser enfrentado pelas empresas. "O risco de exploração em águas profundas é mais elevado pois estamos lidando com profundidades e pressões maiores onde a tecnologia de produção e de materiais são mais avançadas e muito mais custosas", explica Takahasi. "Alia-se a isto a distância da costa que cria obstáculos logísticos e de contingenciamento importantes para o transporte do óleo e até da tripulação". Na prática, isso eleva o custo do seguro para as petroleiras. "Na exploração offshore, assim como na onshore, quanto mais fundo o poço, maior o custo, seja na base PDF (por pé perfurado), ou AFE (custo de perfuração do poço)", afirma.
 
A queda no preço do petróleo, por sua vez, pode mexer indiretamente com o mercado segurador. "O nível de US$ 80 o barril do tipo Brent pode afetar alguns projetos, mas ainda é um patamar rentável", avalia Niemeyer. "No entanto, se houver uma queda mais forte e prolongada, aí sim poderemos ver algum impacto na contratação de seguros para esse segmento". Ferreira não acredita que a queda no preço do barril tenha grande impacto nos investimentos do setor petroleiro. "É claro que a baixa diminui a taxa de retorno dos projetos, mas as petroleiras precisam continuar investindo".
 
Fonte: Valor Econômico
 



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