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Matérias / Política e Economia
 
Eike: Me arrependi de entrar no setor de petróleo, me levou para baixo
O problema em questão ocorreu no início do ano passado, quando ficou claro que o campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, não atingiria os níveis de produção até então esperados e projetados pela companhia
18/09/2014

Rio de Janeiro (RJ) - O empresário Eike Batista disse hoje ao Valor que se arrependeu de ter entrado para o setor de petróleo.

“Eu me arrependo de ter entrado no petróleo. Levou todo o meu patrimônio e todos esses projetos fantásticos. Foi a âncora que me levou para baixo”, frisou Eike, que em carta lida para a reportagem ressaltou que um problema localizado em umas das empresas do grupo acabou por contaminar todas as empresas então controladas por ele.
 
O problema em questão ocorreu no início do ano passado, quando ficou claro que o campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, não atingiria os níveis de produção até então esperados e projetados pela companhia. Ainda em 2013, a empresa admitiu que poderia ter que interromper a produção no local e até hoje a produção na região se dá de forma temporária, sem garantias de por quanto tempo continuará.
 
Durante a entrevista, por diversas vezes Eike afirmou que não vendeu participações na petroleira para ganhar dinheiro, mas apenas para honrar compromissos.
 
“Tive várias propostas de vender esse ativo na criação de riquezas. Só que a gente achava que era muito maior. Maior ainda. Eu não vendi minhas ações, o que eu vendi foi para pagar dívidas de um negócio que ia virar um negócio sistêmico”, ponderou.
 
O empresário afirmou inclusive que o otimismo se justificava pela atração de grandes companhias do setor, que analisavam os projetos e os ativos da então OGX e decidiam tomar parte do negócio. Eike citou a malaia Petronas, que aceitou pagar US$ 800 milhões por 40% do campo de Tubarão Martelo, também na Bacia de Campos, negócio que posteriormente não foi para frente devido aos problemas enfrentados pela petroleira brasileira.
 
“Já tínhamos a Petronas alinhada, tínhamos dinheiro para fazer furos. Estava animado. E quando você acha petróleo, você acha mais recursos”, ponderou, lembrando que a perfuração de um poço no campo de Libra justificou o pagamento de R$ 15 bilhões na primeira licitação de uma área do pré-sal sob o regime de partilha.
 
“Então como é que não estaria animado com a companhia. Não vendi meus 51% porque acreditava na empresa”, acrescentou, frisando acreditar que, concluída a recuperação judicial por que passa a atual Óleo e Gás Participações (OGPar), a empresa terá um futuro positivo.
 
Questionado sobre a possibilidade de a mineradora MMX entrar em recuperação judicial, Eike afirmou que a fatia de 35% detida pela empresa no Porto do Sudeste, hoje controlado por Mubadala e Trafigura, “é suficiente para capitalizar a companhia e esperar o próximo ciclo [de recuperação de preços do minério de ferro]”.
 
Patrimônio negativo
 
O empresário que administra hoje uma “gigantesca massa de ativos que pertence aos bancos” credores. Eike ressaltou que seu patrimônio hoje está negativo em cerca de US$ 1 bilhão.
 
“Hoje eu administro uma gigantesca massa de ativos que pertence aos bancos. Hoje meu patrimônio é negativo em cerca de US $ 1 bilhão e, na negociação de dívidas para repagar isso em dez anos, eu tenho a possibilidade de, participando desse processo, criar valor e, eventualmente, em um encontro de contas, sobrar ativos para mim”, disse o empresário, frisando que na renegociação das dívidas do grupo não houve redução de valores, mas apenas alongamento de prazos.
 
Eike fez recentes vendas de parte dos ativos que tinha nas companhias do grupo. Entre os principais credores está a Mubadala, empresa de investimentos de Abu Dhabi, que vendeu recentemente a mineradora AUX - que engloba minas de ouro na Colômbia - para empresários do Qatar por US$ 400 milhões. O dinheiro foi diretamente para Itaú e Bradesco, credores das companhias de Eike, com uma parte ficando para o Mubadala. Os valores não foram informados.
 
Além disso, a companhia dos Emirados Árabes receberá 10,44% da participação do empresário na Prumo e 10,52% da fatia de Eike na MMX.

Fonte: Valor Econômico
 



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