Washington restaurou medidas suspensas em um acordo nuclear de 2015 negociado com Teerã pela administração do presidente Barack Obama.
A administração do presidente Donald Trump adicionou 300 novas designações, incluindo os setores de petróleo, transporte, seguros e bancário do Irã, com o objetivo de prejudicar as principais receitas de exportação da indústria iraniana de petróleo.
Apesar disso, o Irã continuará a vender um pouco de petróleo, após Washington dizer na sexta-feira que permitirá temporariamente que oito importadores continuem comprando barris iranianos.
O governo dos EUA não citou quem recebeu as isenções, que durarão até 180 dias e foram concedidas com base no fato de que os importadores já reduziram as compras e as reduzirão ainda mais no futuro.
Ainda não estava claro quais volumes individuais ou o volume agregado dos "waivers".
A Coreia do Sul disse nesta segunda-feira que recebeu uma dispensa para pelo menos temporariamente continuar a importar condensado do Irã e realizar transações financeiras com o país do Oriente Médio. O condensado --um petróleo super leve-- é um insumo crítico para a indústria petroquímica coreana.
A Coreia do Sul, aliada dos EUA e um dos maiores compradores asiáticos de petróleo iraniano, pediu a Washington "máxima flexibilidade" na semana passada, depois que algumas de suas construtoras cancelaram contratos relacionados à energia na república islâmica devido a dificuldades de financiamento.
O Japão informou nesta segunda-feira que está em estreita comunicação com os Estados Unidos sobre as medidas, embora o chefe do gabinete, Yoshihide Suga, tenha se recusado a fornecer detalhes.
Outros compradores asiáticos de petróleo iraniano, incluindo seus dois maiores, China e Índia, também estão pedindo isenção do embargo, embora ainda não esteja claro nesta segunda-feira os volumes que estariam autorizados a comprar.
O Ministério das Relações Exteriores chinês reiterou suas objeções às sanções, mas não disse diretamente se a China recebeu ou não uma isenção.
O ministro do Comércio turco, Ruhsar Pekcan, disse no sábado que a Turquia recebeu indícios de que estará entre os países que receberão uma isenção, mas ainda aguardava esclarecimentos na segunda-feira. Alguns países europeus também podem receber isenções.
Os maiores compradores de petróleo do Irã nos últimos anos foram a China, a Índia, a Coreia do Sul, a Turquia, a Itália, os Emirados Árabes Unidos e o Japão.
Fonte: Reuters
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