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Matérias / Política e Economia
 
Atividade melhora em vários setores no início do ano
Crise é ainda aguda nas siderúrgicas e setor automotivo
10/03/2017

 Empresas de alguns dos mais importantes setores produtivos do Brasil registraram melhora na atividade entre o fim de 2016 e início deste ano. Companhias que atuam em áreas como infraestrutura, petroquímica, celulose e aviação registaram aumentos de consultas e de encomendas entre o fim do ano passado e início deste. Por outro lado, no varejo em geral, transporte, construção e frigoríficos não apareceram ainda sinais claros de retomada. A crise é ainda aguda nas siderúrgicas e setor automotivo. Como as primeiras indicações de que o país começa a sair da recessão são tímidas, os dirigentes das empresas preferem adotar para este ano, como diz a direção da WEG, "um otimismo cauteloso".

 
Seja por meio dos últimos balanços ou entrevistas recentes de seus dirigentes, grandes empresas mostram como num ambiente ainda conturbado conseguem, por uma lado, driblar as ondas de incertezas enquanto, por outro, aproveitam brechas de demanda. A Braskem, gigante do setor petroquímico, notou os primeiros sinais de recuperação do mercado interno de resinas termoplásticas já no quarto trimestre, quando suas vendas aumentaram 10% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, a demanda manteve-se no início do ano.
 
A Klabin, maior fabricante brasileira de papéis para embalagem e embalagens de papelão ondulado, também notou sinais de melhora na demanda doméstica. Mas, assim como a Suzano, outra do mesmo setor, mantém cautela. No início de fevereiro, o diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman, disse que as vendas de papelão estavam em recuperação. A entrada de pedidos para fevereiro e março, segundo ele, manteve-se forte, o que indicaria que o fenômeno verificado em janeiro "não foi isolado".
 
Ontem, a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) informou em relatório preliminar que as expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão subiram 3,27% em fevereiro, frente ao mesmo mês de 2016. O diretor da Suzano, Carlos Aníbal, espera que as vendas em 2017 mantenham-se estáveis. Não há sinais de mudanças, disse.
 
"O ambiente vai continuar desafiador, com o país saindo lentamente da recessão", disse o diretor administrativo financeiro da WEG, André Luis Rodrigues, em entrevista ao Valor em meados de fevereiro. Grande fabricante de máquinas e equipamentos, a WEG mostra um "otimismo cauteloso", segundo Rodrigues. Para ele, 2017 será o ano do início de um processo de normalização da economia e no qual a empresa já poderá voltar a crescer. A cautela ainda se faz presente porque, diz o executivo, a crise política aumenta incertezas.
 
O varejo também continua em compasso de espera, apesar de já registrar aumento no movimento e bons resultados de liquidações de verão. A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, disse ontem que o desempenho da rede em março se mostra em linha com janeiro e fevereiro, quando a empresa já havia identificado período positivo de vendas. Neste ano, a tradicional liquidação de janeiro no Magazine Luiza atingiu o melhor resultado da história desde que a varejista iniciou esse tipo de ação. Em teleconferência no fim de fevereiro, o presidente da empresa, Frederico Trajano, disse a analistas que "não há como 2017 ser pior do que 2016".
 
O setor de varejo de moda começa a ver sinais de recuperação nas vendas neste início de ano. "A partir da segunda quinzena de janeiro, as associadas viram uma pequena melhora em comparação a janeiro do ano passado", disse Edmundo Lima, diretor-executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), que reúne as principais redes do segmento no país. Mesmo assim, o setor trabalha com perspectiva de estabilidade no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2016.
 
"O mercado vai levar um tempo para se recuperar; será um ano desafiador", disse Laurence Gomes, diretor financeiro e de relações com investidores da rede de varejo Renner, que prevê manter este ano o ritmo de expansão de lojas e de investimentos de 2016.
 
O consumo começa a aparecer. O presidente da Ambev, Bernardo Paiva, afirmou que vê melhora no desempenho da companhia no primeiro trimestre. A expectativa de analistas é que as vendas de cerveja cresçam 2% neste ano, ante a queda de 2% em 2016.
 
As perspectivas de melhora também começaram a aparecer no setor da aviação. A Gol registrou em janeiro um movimento de reservas de passagens 30% superior ao de dezembro e uma taxa de ocupação de 83%, ante 78% do mês anterior. "Tivemos aumento forte das vendas em janeiro. Precisamos aguardar a demanda pós-Carnaval e pedidos corporativos para ver se o cenário permanece", disse recentemente o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, durante a apresentação dos resultados financeiros.
 
Fabricantes de aviões também começam a perceber um cenário mais favorável. Rodrigo Pessoa, vice-presidente de vendas da empresa de jatos particulares Dassault Falcon Jet para América Latina, disse que o ambiente está melhor no início deste ano na comparação com os primeiros bimestres de 2016 e 2015. "Clientes que sequer queriam nos receber hoje fazem cotações e recebem os vendedores para avaliar propostas", disse em recente entrevista ao Valor.
 
A Duratex registrou alguma melhora das vendas de painéis de madeira e da divisão Deca, de louças e metais sanitários em dezembro e janeiro, segundo o presidente da companhia, Antonio Joaquim de Oliveira. O executivo espera uma recuperação gradual ao longo do ano. No quarto trimestre de 2016, os volumes expedidos da divisão Madeira da Duratex aumentaram 7,2% na comparação anual, enquanto os da Deca caíram 4,4%.
 
As construtoras estão no compasso de espera. Mas também percebem uma melhora. "O ponto de inflexão está ocorrendo agora", afirma Rafael Mein co-presidente da MRV, a maior incorporadora do país. Com base em indicadores de procura e fechamento de negócios na loja virtual, call center e visitas nos plantões de vendas, para a MRV, os primeiros dois meses foram melhores do que no mesmo período de 2016. "O humor dos consumidores está mudando", diz Mein. No setor de transmissão de energia, o grupo suíço-sueco ABB registrou que as encomendas no Brasil subiram 36% nos últimos três meses de 2016 na comparação anual.
 
As perspectivas de negócios com a supersafra anima o setor de transportes, segundo a empresa ferroviária Rumo, que opera o corredor que liga Rondonópolis (MT) ao porto de Santos. Na mesma linha, o setor portuário vislumbra dias melhores. No porto de Santos, um condomínio com dezenas de terminais que movimentam cargas, há expectativa de reverter a queda de 6% na movimentação de cargas apresentada em janeiro sobre o mesmo mês de 2016 e fechar o ano com alta de 6,3%. Já a Maersk Line, maior armador do mundo, estima que o comércio exterior brasileiro feito por navio deve ficar estável ou crescer até 1%.
 
As perspectivas não são, entretanto, tão otimistas no setor frigorífico. Segundo o diretor comercial da Aurora, Leomar Somensi, não há qualquer reação no mercado doméstico. Na Minerva Foods, terceira maior produtora de carne bovina do país, o presidente, Fernando Galletti de Queiroz, disse que o consumo, em queda há três anos, seguirá retraído no primeiro semestre. E o presidente da Marfrig, Martin Secco, descarta a possibilidade reabrir frigoríficos em 2017, porque sobra capacidade.
 
O quadro é também de pessimismo na área siderúrgica. A Usiminas registrou um início de ano praticamente igual ao fim de 2016. A companhia não acredita em uma recuperação relevante antes do fim do segundo trimestre. Entre janeiro e março, a expectativa é de queda nas vendas internas, mas com aumento nas exportações, o que tornaria o movimento neutro para os volumes totais. Também para a Gerdau, a demanda brasileira tende a melhorar só no segundo semestre. A empresa opera com 60% capacidade.
 
A situação é ainda pior na indústria automobilística, que funciona com 52% de ociosidade nas linhas de automóveis e de 80% nas de caminhões e ônibus. Na divulgação dos resultados do setor nesta semana, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, disse que o setor depende fortemente da volta da confiança do consumidor, mas também dos investimentos em infraestrutura.
 
 
Fonte: Valor Econômico
 
 



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