O Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC – COFIP ABC contribuiu para a concepção do curso técnico. Reconhecida pelos órgãos competentes, a grade do curso foi estruturada a partir de fórum técnico-consultivo, composto por especialistas em educação profissional do SENAI-SP e especialistas em petroquímica, dos polos de Mauá e Cubatão.

 

“O SENAI-SP, em sintonia com todas as necessidades geradas pelo desenvolvimento industrial e tecnológico, estreitou o seu relacionamento com as empresas e entidades de representação na busca de alinhamento para atender às mudanças trazidas pela competitividade industrial”, diz Cláudia de Britto, coordenadora de Atividades Pedagógicas da Escola SENAI de Mauá.

 

O objetivo do curso é preparar o profissional para atuar na indústria petroquímica com uma base sólida de conhecimentos técnicos, além de posturas profissionais requeridas pela natureza do trabalho, como segurança, responsabilidade, comprometimento e iniciativa. “Este curso atenderá plenamente as demandas do Polo na qualificação de profissionais para o aprimoramento da capacidade produtiva industrial”, avalia Francisco Ruiz, gerente executivo do COFIP ABC.

 

Criado a partir da Metodologia SENAI para a formação profissional com base em competências, que visa a aproximação entre o mundo do trabalho e a educação profissional, o curso é destinado a jovens que desejam ingressar em carreira técnica industrial. “A proposta é que os profissionais obtenham requisitos sustentáveis para ingressar em programas de desenvolvimento de pessoas, como estágios e trainees, nas indústrias petroquímicas dos polos de Mauá e Cubatão”, aponta Cláudia.

 

Com duração de dois anos, o Curso Técnico em Petroquímica ofereceu 32 vagas para a primeira turma, que iniciou as aulas em janeiro, de um total de 150 inscritos no processo seletivo. Quando formados, os alunos poderão prosseguir seus estudos para atuar em vários campos da engenharia, como química, de petróleo e gás, petroquímica, produção, ambiental e energia.

 

Polo Industrial – O Polo do Grande ABC é formado por diversas empresas que atuam na extensa cadeia produtiva do setor, incluindo desde refinaria de petróleo até engarrafadoras de gás. Por ser uma indústria de base, a petroquímica é considerada a primeira geração da indústria química e elo inicial de diversos segmentos de mercado, como plástico, borracha, tintas e vernizes, higiene e limpeza, entre outros.

 

Dentro desta cadeia, o Polo Petroquímico tem grande influência no desenvolvimento econômico e social da região, com geração de aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos, além de proporcionar um VAF (Valor Adicionado Fiscal) superior a R$ 2 bilhões por ano aos municípios da região, segundo estudo realizado, em 2014, pela consultoria especializada MaxiQuim.