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Presidente da Petrobras afirma que investimentos em P&D serão mantidos
Em resposta às inquietações de alguns docentes, cujos projetos de pesquisa dependem da parceria com a Petrobras, Parente destacou que os cortes de despesas não atingirão os investimentos
21/12/2016

Rio de Janeiro (RJ) - A Coppe/UFRJ recebeu nesta terça-feira (20) o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em sua primeira visita à instituição. O presidente da estatal se reuniu com diretores, coordenadores de programas e professores da Coppe e de outras unidades da UFRJ, e apresentou o Plano Estratégico e do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021. Em resposta às inquietações de alguns docentes, cujos projetos de pesquisa dependem da parceria com a Petrobras, Parente destacou que os cortes de despesas não atingirão os investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O encontro também contou com a participação de representantes de centros de pesquisas sediados no Parque Tecnológico da UFRJ. 

 
"Nós não vamos reduzir projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A nossa redução de despesas não passa por isso. Não tenho dúvida de que passamos por um momento muito difícil, mas o setor pode retomar o dinamismo, com os novos leilões que serão realizados em 2017, novas parcerias e desinvestimentos. Diria que estamos começando a trilhar o caminho da melhora", tranquilizou o presidente da estatal. 
 
No encontro, o presidente explicou que a redução de despesas (estimada em 18%), é uma tendência do setor de óleo e gás, que sofreu muito com a entrada no mercado do shale oil, o óleo de xisto, cujo modelo de negócios é muito diferente do tradicional, com ciclo de vida muito mais curto, e também com o grande aumento da oferta de óleo. "Todas as empresas petrolíferas estão otimizando portfólio, reduzindo custos e efetivo. A Petrobras precisaria fazer o mesmo, ainda que não tivesse ocorrido o aumento explosivo do seu endividamento", informou Parente. 
 
Conforme relatou Parente, a dívida da empresa passou a ser cinco vezes maior que a geração de caixa operacional. "É a maior dívida dentre as empresas do setor, tanto em termos absolutos quanto relativos. Pagávamos 1,7 bilhões de dólares em juros. Em 2015 passamos a pagar 6,3 bilhões. Nossa dívida quintuplicou e os juros dobraram, se nada for feito pagaremos 17 bilhões em juros". 
 
O professor Luiz Landau, do Programa de Engenharia Civil, lembrou os grandes investimentos de recursos públicos feitos em laboratórios que dependem da parceria com a Petrobras e enfatizou que é preciso continuar lhes "dando vida". Parente buscou tranquilizar Landau e outros colegas da Coppe: "estamos organizando iniciativas junto a diretoria da Coppe para usarmos essa infraestrutura laboratorial para atender aos objetivos da Petrobras". 
 
Docentes de diversas unidades da UFRJ fizeram perguntas a respeito de assuntos importantes para o setor e para a economia do país, como a política de conteúdo nacional e a retirada da Petrobras de setores tido como estratégicos, tais quais o setor petroquímico e o de biocombustíveis. Parente esclareceu que a Petrobras está de fato se retirando da operação comercial destes setores – para se concentrar na recuperação da rentabilidade da empresa e redução de seu endividamento – mas não do desenvolvimento tecnológico destas áreas. 
 
O diretor de Relações Institucionais e professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, mostrou-se preocupado com a desvinculação da Petrobras de setores estratégicos para o país como o de distribuição. "A Petrobras tem uma importância enorme para o país por ser uma empresa de energia integrada. Parece um equívoco sair de setores como a distribuição, vendendo partes da empresa inclusive, e de biocombustíveis, que a meu ver, é importante para o futuro da Petrobras", questionou Pinguelli. "Não vamos sair da distribuição. Oferecemos 49% das ações da BR Distribuidora. Vamos dividir o controle da BR, mas não vamos abrir mão da gestão", respondeu Parente. 
 
Parente declarou-se a favor, por convicção, da política de conteúdo local. "Dado o tamanho da empresa e de sua demanda, podemos contribuir para uma indústria brasileira que seja competitiva internacionalmente. Sou brasileiro e patriota, e gostaria de comprar tudo no Brasil, se prazo, preço e qualidade forem competitivos. Mas, não posso prejudicar a Petrobras. Tivemos que fazer leasing para encomendas que estavam atrasadas e que poderiam nos causar prejuízos de três bilhões", avaliou.
 
 
Desafios
 
Antes do encontro, Parente e a comitiva da Petrobras foram recebidos pela diretoria da Coppe. O diretor da Coppe, professor Watanabe apresentou alguns dos principais projetos da instituição, como a Boca de Sino Multifuncional (BSMF) e a Boia de Sustentação de Risers (BSR), projetos vencedores do Prêmio ANP 2015; o robô Dóris, utilizado na exploração offshore; ônibus híbrido a hidrogênio e eletricidade; o Maglev-Cobra. 
 
O professor Watanabe também apresentou a Parente o projeto Sistemas Inteligentes de Produção Óleo e Gás (Sipog). A iniciativa visa consolidar um conjunto de propostas para aumentar a eficiência na exploração offshore, com medidas como: minimizar o tamanho das plataformas; maximizar a quantidade de equipamentos no fundo do mar, em vez dispersá-los por uma área maior; construção de poços inteligentes, mais produtivos; redução de custos; automação e robotização; melhoria da manutenção. 
 
Em curto prazo, a proposta prevê avanços na produção de materiais, inovação industrial, construção naval e descomissionamento de instalações offshore. No médio prazo, o Sipog levaria à geração de energia renovável, no uso do gás natural dos poços para a geração de energia elétrica, e transmissão de energia em corrente contínua. 
 
O diretor da Coppe aproveitou a ocasião para apresentar outros projetos inovadores para o futuro, como o Sistema autônomo de produção submarina de óleo e gás, em desenvolvimento pela unidade Coppe-Embrapii; e o Centro de Tecnologia da Construção Naval e Offshore, cujo objetivo é consolidar um polo de padrão internacional, integrando laboratórios e dando apoio à transferência de tecnologia e à formação de mão de obra. De acordo com o professor Segen Estefen, do Programa de Engenharia Oceânica, qualificar os estaleiros do ponto de vista técnico e aprimorar a formação de mão de obra seria estratégico para o setor e para o país.
 
Da Redação
 



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