Flávia Domingues
Na última terça-feira (16), os governos da Arábia Saudita, Rússia e Venezuela decidiram congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro. O anúncio foi feito por Mohammed Saleh al Sa'adah, ministro de Energia e Indústria catariano e presidente rotativo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A medida tem como principal objetivo estabilizar o mercado do petróleo que está em queda atingindo o nível mais baixo em 12 anos, por conta do excesso de oferta no mercado. Mas como essa medida pode influenciar o mercado brasileiro?
Para o sócio da KPMG da área de óleo e gás, Anderson Dutra, esse incremento nos preços ajudará no processo de retomada dos investimentos no país.
“Teremos o efeito positivo do setor em geral, mas ainda continuaremos com uma tensão, até que a estabilidade seja real. Ou seja, está todo mundo com estoque elevado de óleo. O ponto será quando os estoques acabarem e a Opep abrir a válvula novamente”, destacou.
Já para analistas do banco Goldman Sachs, a decisão terá "pouco impacto sobre o mercado do petróleo na forma como foi proposto e há uma grande incerteza se o acordo vai se materializar”. Ainda segundo nota enviada à imprensa, a instituição afirma que um acordo pode dar a impressão de que é possível conseguir mais como, por exemplo, cortes na produção, mas nós acreditamos que ele não seria suficiente para estabelecer um piso para os preços, que só se estabilizarão quando os estoques pararem de subir.
|